quarta-feira, 19 de setembro de 2012

História da Vídeo Arte


Surgiu na década de sessenta, como meio artístico, num contexto no qual os artistas procuravam uma arte contrária à comercial. O surgimento deste tipo de linguagem na arte está intimamente associado com as inovaçãoes tecnológicas,  assim, o ano 1974 ficaria marcado com o lançamento da primeira câmera portátil de gravação de vídeo: a Portapack, da Sony.
Entre seus princípios está a crítica à televisão a reconfiguração de sua linguagem. Através dos trabalhos de integrantes do grupo Fluxus, e  pioneiros como Nam June Paik e o alemão Wolf Vostell.
Antes disso, o vídeo era usado apenas para fins comerciais, como para a televisão e treinamento em empresas. Seu início foi marcado pelo alto preço dos equipamentos o que limitou essa linguagem a artistas de países desenvolvidos, onde o acesso à tecnologia era menos custoso.
Os artistas do Fluxus procuraram, através dos novos suportes audiovisuais, criar uma espécie de “contra-televisão” e justamente fazer uma crítica aos ideais desse meio e dos modelos comerciais da época, subvertendo seu uso mais freqüente.
Foi com as câmeras usadas no exército americano que Bill Viola começou suas experimentações video-artísticas. Originalmente um escultor, seus trabalhos permeiam o universo do zen e contém temas como água- sonho- vida- morte. Tratou-se de forçar a tecnologia a trabalhar ao subjetivo, criando uma tensão tal que abriga-se o fechar-se numa abstração total.
1968 - Bruce Nauman cria a instalação Bouncing in the corner . O vídeo-artista volta a câmera para si usando seu corpo como a própria obra num movimento de repetição.
1971 – O poeta nova-iorquino Vito Aconcci ao final dos anos sessenta volta-se para o lado performático e recria a ligação do espectador-obra em vídeos como Association area e The red tapes.
1973 – Richard Serra faz uma crítica social à mercantilização da imagem e seus processos políticos.
Em “Television” sentimos uma tensão entre o som e a imagem.
1971 – John Baldessari cria o video Im making art, uma irreverente crítica à facilidade do meio.
1975 – Crítica ao discurso de gênero, à violência em prol da beleza. Em “Art must be beautifull” Marina Abramović lança mão também do discurso do belo : paradigma da arte.

1993 – Tall Ships foi a primeira instalação interativa. Gary Hill

Durante os anos oitenta, as imagens utilizadas por esta arte procuram provocar na audiência estados anímicos e evocar sensações.
Na atualidade, os avanços da tecnologia, permitem ampliar o leque de suas possibilidades criativas.

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